Ao mesmo tempo que José Sócrates vai «secando» todas as alternativas de liderança no seio do Partido Socialista, conduzindo os socialistas, a prazo, a um vazio de poder «pós-socrático», Pedro Passos Coelho vai-se afirmando como um líder com profundo sentido de Estado. Ao mesmo tempo que o Primeiro-Ministro vai andando como um comandante desesperado num navio em pleno naufrágio, o líder do PSD alerta os portugueses para a seriedade dos problemas que estamos a enfrentar todos os dias. Enquanto Sócrates e seus correligionários se preocupam com debates pseudo-ideológicos sobre o Estado Social, o líder do PSD demonstra que tinha razão quando dizia que era preciso tomar medidas para o prevenir. Pedro Passos Coelho, hoje, na «Grande Entrevista» de Judite de Sousa, provou que começa a ser uma personalidade com sentido de Estado, mais do que um mero líder da oposição, transitório, como é hábito no PSD.
«O Governo quer dizer ao país que a situação em que nos encontramos não depende de si. Não é verdade. Há uma quota de responsabilidade dos executivos nacionais».
«Já estamos a ter ajuda externa: o Banco Central Europeu (BCE) tem 60 mil milhões de euros em títulos de dívida pública portuguesa, o que é uma fatia considerável do PIB, que ronda os 160 mil milhões de euros. O BCE não pode eternamente comprar dívida portuguesa».
(Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, na «Grande Entrevista» da RTP)