Esta é, normalmente, a altura em que os portugueses agem como realmente são. Não agindo. Sabemos da célebre frase que nos diz que dos piores regimes políticos, a democracia é o menos mau. Mas foi por ele que lutámos, e é «nele» e «por ele» que vivemos todos os dias. Neste contexto, a «arma» maior que podemos ter é o voto. Ao abdicarmos do voto, abdicamos da nossa quota-parte na construção, e até mesmo renovação, do «regime». É absolutamente incongruente passarmos o tempo a lamentarmo-nos do estado das coisas, a promover discussões sem qualquer conclusão prática, e, depois, quando somos chamados a pronunciarmo-nos de facto, abdicamos disso, e deixamos «os outros» decidirem. Não são as sondagens nem os «media» que elegem os representantes do povo português, a menos que este o queira e o permita. Se efectivamente somos um povo esclarecido, como dizemos. Se efectivamente temos vontade de construir um país como deve ser. Se efectivamente queremos que as instituições e a democracia funcionem, não podemos deixar que outros decidam por nós. É por isso que não se coloca a questão sobre votar ou não votar. Dar a vitória à abstenção não é um indicador relevante. Vote. Nem que seja em branco, que é, se pensarmos bem, a maior arma que podemos ter.
Já encontrei o candidato que há-de levar o meu cartão vermelho às elites portuguesas, esse candidato é o José Manuel Coelho.
Palhaço a maluco é o povo que vota sempre da mesma forma esperando obter resultados diferentes!
O voto em branco nas Presidenciais não é opção uma vez que, e talvez pela abstenção ser sempre muito grande, não conta para a apuramento da percentagem final. Vale o mesmo que ficar em casa ou um voto nulo.
Ora, se uma votação supostamente democrática nos condiciona obrigando-nos a votar num candidato, esse só pode ser José Manuel Coelho. Não para o eleger como Presidente mas em protesto, não só pela fraca qualidade de todos os candidatos mas também por este condicionamento da liberdade de voto.