José Manuel Coelho foi hoje entrevistado por Judite de Sousa. E, logo a abrir, disse ao que vinha. A entrevista não avançou enquanto não demonstrou a sua indignação por ter ficado «para trás» nos debates. Depois, foi a sátira, foi o «à vontade» de quem não tem nada a perder, foi a ingenuidade de quem não está comprometido e de quem não tem que dar grandes explicações a ninguém. Algumas das «tiradas» são absolutamente deliciosas, como as referências aos «tachos» das amantes dos políticos, o PND como «barriga de aluguer» contra o «jardinismo», etc., etc. Valeu a pena assistir.
«Um amigo meu, que era editorialista do jornal [“Garajau”] é que disse ao Sr. Baltazar Aguiar: “queres emprestar o partido à gente, é uma barriga de aluguer. Emprestas?”».
«Não sou um anarquista, (…) sou um revolucionário que está em acção».
«Isto é uma corrida de 400 metros planos, os outros (candidatos) partem com avanço de 200 metros em relação a mim, que fui banido».
«Lembra-se do General Giap, que fez a guerra da Indochina? Olhe, eu combato como o General Giap, faço guerra subversiva, de guerrilha, e guerra convencional. A sátira na Madeira é a subversiva, aqui é a convencional com a candidatura à presidência».
«Em nome do povo, contra os políticos profissionais que andam a arranjar tachos para a família, para os amigos, para os que têm cartão do partido e até para as amantes».
Se quisermos enviar um cartão vermelho às elites portuguesas este é o portador certo. O meu voto é no José Manuel Coelho!