6 de Janeiro de 2011 – Alegre, cansativo, irritante

Manuel Alegre encontrou uma brecha na «blindagem» política, habitual em Cavaco Silva, e, à boa maneira bloquista, resolveu explorá-la até à exaustão. Literalmente até à exaustão. Com mérito ou sem ele, com pertinência ou sem ela, Manuel Alegre reduziu a importância das eleições presidenciais ao negócio de Cavaco Silva com o BPN. Como se nada mais interessasse saber. Como se não fosse necessário, antes de mais, contribuir para que os portugueses não fiquem em casa, como tem sido hábito nas eleições recentes. Como se não fosse necessário debater ideias sobre o papel que o Presidente de Portugal deve desempenhar, dentro e fora do país, seja em relação aos Governos, seja em relação à representação externa. Nada disso importa. Alegre prefere seguir o habitual trajecto do «soundbyte», de que o Bloco de Esquerda tanto gosta, e que já levou ao distanciamento de boa parte dos socialistas que, em princípio, o apoiam. E lá prossegue. Alegre. Cansativo. Irritante.

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