Segundo um estudo hoje conhecido, para 83% dos portugueses a corrupção tem sido crescente desde 2007. Para os portugueses, os militares, os professores e os religiosos são as menos corruptos. Sem grande espanto, a classe política foi considerada a mais corrupta. De facto, 75% da população nacional entende que os governantes não são eficientes no combate à corrupção, e 3% dos inquiridos admitiram já ter praticado suborno. A passividade e o reconhecimento de impunidade, patente no «e o que podemos nós fazer», continua a permitir que quem alcança uma posição de um mínimo de responsabilidade, possa pôr e dispôr das facilidades do poder. Por isso não temos os políticos que gostávamos de ter. Por isso não temos os serviços que gostávamos de ter. Por isso não temos o desempenho e o desenvolvimento que gostávamos de ter. Ou seja, é por isto que somos o país que somos.
Curiosamente, só 3% dos portugueses reconhecem ter corrompido alguém, contra 5% nos EUA, 9% na Austria e 16% no Luxemburgo.
De facto é triste.
A corrupção é um flagelo que por se ter tornado quase banal, é pouco admitida. daí, talvez, os 3%.
Mas nesta mesma data surge um outro estudo que traz para a o ar a dimensão da economia paralela. Não é a economia paralela, uma outra forma (perfeitamente assumida) de corrupção? De quem a alimenta. Todos. Dos dois lados.
A desculpa para esta ser por causa da carga fiscal, demonstra apenas falta de civismo e ignorância por parte de quem a pratica.
A corrupção em si, a clássica, representa uma boa parte do chico-espertismo, que o Português bem conhece e muitos fomentam.
Falta muito crescimento a Portugal e não apenas na economia.
As “novas oportunidades” são exemplo do muito chico-espertismo português, em que muitos desses “formandos” se corrompem mentalmente a si mesmos, tentando enganar o sistema, enganando-se sobretudo a si próprios.
Parecendo que não, está tudo interligado.
Olá,
acho engraçado mais uma vez o tema. e desta, da maneira como foi colocado e por quem. e tb pelos fundamentos!!
às vezes tantos estudos profundos e sérios que se fazem, e agora pelo facto de um trabalho de mestrado que se faz(que até poderá ser meritório), logo temos várias páginas primeiras!!
cá por mim, não acredito!
sei que há a dita,
mas se olharmos com objectividade para um conjunto de outros elementos, fiscais, judiciais, mesmo até de práticas de alguns cuidados por parte de certos organismos, sou levado a crer que neste particular não temos andado para trás.
no entanto aqueles casos que conhecemos e que nos fazem mossa, já são mais do que suficientes para me inquietar!
um abraço
inquieto