À posteriori, conseguimos sempre saber quando fizemos figuras mais tristes. Essa deve (ou, pelo menos, deveria) ser, precisamente, a sensação de Sócrates e Zapatero (e Madaíl, por arrastamento), depois da derrota da candidatura ibérica à organização do Mundial 2018. Contrariamente à postura fria e «low profile» de Putin, que não se quis envolver directamente, e nem sequer apareceu para as «alegações finais», os «iberos» resolveram jogar tudo, e, como é timbre habitual, misturar política com futebol, aproveitando para voltar a prometer «TGV’s» e fazer propaganda às auto-estradas (que, ninguém disse, em Portugal agora são a pagar). Fica, mais uma vez, provado que fazer «lobby» ainda não é uma das nossas habilidades. Por muito que tentemos, continuamos a não ter a subtileza necessária. Nem os argumentos, aparentemente. Talvez por isso a organização do campeonato de 2018 tenha sido entregue à Rússia e o de 2022 ao Qatar. Por tudo isto, disemos (ou disseram-nos) до свидания (que significa «adeus»).