18 de Novembro de 2010 – Escola Secundária não tem dinheiro para contratar professores para projecto de cidadania

A notícia vem na edição online do jornal «I». A Escola Secundária de Arouca tem um projecto de formação na área da Cidadania, que não avança porque não tem professores disponíveis. E não tem, porque o projecto, que contemplava a remuneração dos professores por essas horas, foi reiteradamente chumbado pelo Ministério da Educação. Agora, a solução, segundo a notícia, passa pelo recrutamento de professores que estejam disponíveis para trabalhar voluntariamente, ou seja, sem receberem pelo seu trabalho. Segundo se lê, a iniciativa procura tocar em três áreas: Formação de Jovens Líderes, Formação em Mediação de Conflitos e Aulas de Convivência. Os destinatários poderiam ser tanto os delegados de turma e dirigentes das associações de estudantes, como os alunos expulsos por mau comportamento. A Escola Secundária tenta, assim, colmatar uma lacuna importante na formação dos seus alunos, apelando, em «desespero de causa», ao voluntariado. O Ministério prefere embandeirar com milhões numa reformulação do edifício do que investir na formação dos jovens arouquenses. Voltamos à história dos alicerces e do telhado. Uns preferem começar a construir por um lado. Outros, por outro.

3 thoughts on “18 de Novembro de 2010 – Escola Secundária não tem dinheiro para contratar professores para projecto de cidadania

  1. Sou Adília Cruz, a Directorta da ESA e tenho de comentar este apontamento porque contém informações falsas. Em primeiro lugar o Projecto Cidadania na Escola não foi chumbado pelo Ministério da Educação, segundo o professor voluntário é um recurso que as escolas, com base legal, podem usufruir e terceiro de forma alguma o Ministério da educação está a confundir “alicerces com telhado” pois ninguém consegue formar os jovens (neste caso os arouquenses) sem condições físicas dignas e essas, na nossa escola, são uma prioridade absoluta.

  2. Professora. Agradeço os seus esclarecimentos, mas as informações que refiro foram publicadas por um jornal nacional. O resto, são opiniões. Como a minha, legítima, de que talvez não fosse preciso uma remodelação tão onerosa, e que, com trabalhos a mais e prazos não cumpridos, vai ser certamente superior. Quem sabe se esses custos fossem mais racionalizados, projectos válidos como este pudessem funcionar como deve ser.

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