Não é só da esquerda que vêm maus exemplos. No meio deste «salve-se quem puder», Agostinho Branquinho, deputado social-democrata que presidiu à «feroz» comissão de inquérito sobre a alegada interferência do governo no negócio da PT/TVI, renuncia ao mandato para «ponderar» um ingresso na «Ongoing», uma das «partes interessadas» nesse negócio. Verdadeiro «cruzado» da ética e paladino da rectidão, pleno de convicções fortes, como verdadeiro homem do norte, não resistiu ao forte apelo da «oferta» privada, porque os tempos não estão para aventuras na política, onde alguns se queixam de não ganhar sequer para comer. A outra escala, falou-se da saída de Jorge Coelho do governo para a Mota-Engil, de Fernando Gomes do governo para a Galp, e outros exemplos se poderiam seguir. Por muito ético e transparente que este processo tenha sido, não foi, de todo, «branquinho». Vai ter sempre a mancha, ainda que ténue, dos interesses. Sejam eles comuns ou não.
O Nome “Branquinho”
Traz-me á memória muitas coisas menos boas
A vários níveis…pelas famílias cá do burgo (Leiam Porto)
Há vinte anos atráz…
Uma coisa é ser teórico e perceber muito de…
OUTRA COISA É SER EXEMPLAR e praticar o que se proclama.