29 de Julho de 2010 – António Feio, Mister DeLuxe

Estava a terminar o «5 para a meia noite», quando irrompeu um longuíssimo aplauso a António Feio. Feitas as contas de cabeça, só podia ser o que se pensava, o que se estava a tentar adiar ao máximo, mas parecia, cada vez mais, inevitável. A minha memória de António Feio «ao vivo» tem duas vertentes. A de António Feio a passar férias com a família na praia de Carvoeiro, perfeitamente integrado no «povo», nos seus passeios nocturnos, quase despercebido, e sempre com o seu ar engraçado. E a de António Feito como Mister DeLuxe, na peça «O que diz Molero», soberba peça baseada na obra de Dinis Machado, que pude ver no Teatro Nacional São João, a convite do meu amigo António Alves. Tudo o resto, todo o percurso, é conhecido. No teatro, na rádio, na televisão. Para mim, António Feio ficará na memória destas duas formas, mas mais como a corporização do imaginário de Mister DeLuxe, procurando no livro de vida do «rapaz» a história de vida de todos nós, a complexidade das relações, a complexidade do pensamento de cada um, mas na simplicidade, na sua simplicidade, de viver, viver, viver. E continuar vivendo.

One thought on “29 de Julho de 2010 – António Feio, Mister DeLuxe

  1. “Treta” é uma palavra que define muito bem isto que se passou com António Feio.
    “ai o catano, o camandro e o caneco”…

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