O tempo vai passando, implacável, e as coisas vêm chocando connosco, sem que nos possamos desviar delas. É preciso dar-lhes sequência, dar-lhes o tempo e espaço de que precisam. E voltam mais coisas, com menos tempo, que continua a passar, implacável. À frente, esperamos que as coisas abrandem, ou que possamos fechar os olhos a este turbilhão diário, sequencial, quase determinado. E há tanta coisa, lenta, bela, calma, com que podemos inebriar-nos. Se este automatismo diário nos permitir. Ou se nós nos permitirmos isso a nós mesmos.