Às vezes não temos bem a certeza, mas no caso de Jesus, Jorge, dava para perceber que, afinal, ele era como o comum dos mortais, apesar da sua propensão para o «milagre». E foi isso mesmo que demonstrou a reportagem especial da «SIC», numa grande entrevista, que foi passando pelos locais relevantes para o treinador do Benfica, que foi falando da sua vida e da sua carreira, não falando quando achou que não devia falar. Num dos vários momentos interessantes da reportagem, Jesus afirma que o treinador não tem de ser poliglota, tem é de dominar a ciência do treino. Se calhar, se todos nós falássemos menos, e menos bem, e percebêssemos melhor da ciência de cada um dos nossos ofícios (e, claro, se quem manda nos deixasse que isso acontecesse), talvez pudéssemos também ser campeões.