Comunicar, sob vários pontos de vista, é um risco, e os políticos deviam saber disso melhor que ninguém. E Ricardo Rodrigues, que assume papel de porta-voz, mais ainda. A revista «Sábado» conduzia uma entrevista, quando as perguntas começaram a atingir temas que não lhe seriam muito agradáveis. Para além de demonstrar o seu enfado, Ricardo Rodrigues abandonou a sala, na posse dos gravadores que os jornalistas utilizavam. O acto deve ter sido irreflectido, mas talvez tenha sido exagerado. Quem conhece minimamente as «leis da propaganda» sabe bem que o silêncio é sempre uma arma possível. E, muitas vezes, mais eficaz que a «apreensão» de material.