Todos nos esquecemos. Até quem nos governa, e isso é que é mau. Alexandre Herculano faria 200 anos, se fosse vivo, e Portugal não vai ter nenhum tipo de comemoração oficial. Numa altura em que o romance histórico está na moda, esquecemos um dos portugueses que primeiro (e mais) se destacou neste domínio, bem como nas áreas do jornalismo, da política, da investigação, e em muitas outras. Arouca deu-lhe nome de uma das ruas mais antigas, em pleno centro histórico, pela sua passagem por estas terras, em pesquisa. Figura proeminente do liberalismo e do romantismo nacionais, Portugal responde-lhe, agora, com um silêncio ensurdecedor, com um olhar para o lado, com um esquecimento estranho.