A experiência de ver «Alice no País das Maravilhas» em 3D é muito interessante. Mais interessante se torna quando o «anfitrião» é Tim Burton. Mais interessante, ainda, quando a companhia é a melhor que se pode desejar. A entrada no País das Maravilhas é feita pela mão de Tim Burton, ao seu melhor (e habitual) estilo. Com muita fantasia, cor e movimento, mas com muita substância subliminar. Esta Alice resume as duas obras complementares de Lewis Caroll («Alice no País das Maravilhas» e «Alice do outro lado do espelho»), e mostra-nos uma viagem fantasiosa pelo caminho da maturidade, o eterno conflito/convivência com o nosso interior, com os nossos medos, com o nosso subconsciente, com «o outro lado do espelho», que muitas vezes reprimimos, pela conveniência social ou para criarmos falsos equilíbrios. A viagem vale a pena. E, porque não, fazer, a partir daqui, uma viagem mais longa, pela filmografia de Tim Burton.
“Mais interessante, ainda, quando a companhia é a melhor que se pode desejar. ” É a única frase a reter em tudo o que escreveste. Não, não te vou fazer qualquer pergunta em relação a isso.
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Caro,
não preciso de fazer uma viagem ais longa pela filmografia do Tim porque já a devoro religiosamente à muitos anos. Posso confessar-te apenas que ainda não vi esse filme e vou tentar corrigir essa falha ainda hoje.
De qualquer das formas, a avaliar pela amostra que vi e pelos filmes vindos dessa mesma mente, julgo que me espera uma Alice não ao estilo da Anita no país das maravilhas mas sim um Stephen King no país das maravilhas…