Normalmente, é o parente pobre. Porque se diz que a cultura não enche a barriga, porque não fica, como uma estrada ou uma obra onde se despejem algumas toneladas de betão. Mas, mesmo sem entrarmos no debate sobre a importância da cultura para a formação de um povo, há números que provam que esta visão, porventura tacanha, pode ser contrariada economicamente. Em números de 2006, o sector cultural gerou 2,8% da riqueza do país, com um valor acrescentado bruto de quase 3.700 milhões de euros. Foi, ainda, responsável pela empregabilidade de 127 mil pessoas (2,6% do emprego, em termos nacionais), ao que corresponde, no período de 2000 a 2006, a criação de 6500 empregos, apontando para um crescimento de 4,5%, quando a economia nacional cresceu 0,4%. Mais ainda, a riqueza gerada com a cultura ultrapassa o sector têxtil, do vestuário e da alimentação. Estas e outras novidades, podem ser conhecidas aqui.
Interessante seria saber os dados dos últimos 5 anos.
Mas nesta notícia há um pequeno pormenor: as novelas da TVI também entram nestes números. E eu, pessoalmente, não lhes chamaria “programas culturais”.
Cara Natércia Teixeira,
O conceito de cultura, é demasiado amplo para se restringir ao que cada um gosta, pessoalmente.