27 de Janeiro de 2010 – Apertar (ainda mais) o cinto

A opinião é credível. Luís Bento é especialista em Administração Pública e consultor do Banco Mundial, e foi contundente no que disse. É preciso libertar o Estado, reduzindo o «peso» dos trabalhadores da Administração Pública. Seja com o reforço da mobilidade, seja com processos de aposentação, seja até com despedimentos, que podem vir a ser significativos. Podemos, neste caso, estar a falar em cerca de 100 mil pessoas, que podem estar perto de não saberem muito bem que futuro terão. Como se não bastasse, Luís Bento prevê que aumente o volume de deslocalizações, e consequente desemprego, provocando, com uma situação e com outra, uma acentuada conflitualidade social. Numa altura em que se fala muito sobre o Orçamento de Estado para 2010, e se centra, erradamente, toda a atenção num horizonte de um ano, todos os comentadores são unânimes. É tempo de apertarmos (ainda mais) o cinto.

«A criação de um sistema que vá libertar mais efectivos. Não diria através de programas de despedimento, mas talvez um agravamento do sistema de mobilidade especial. Provavelmente um aperto maior nas aposentações antecipadas e, quem sabe, um programa de redução de efectivos da administração bastante agressivo, que pode abranger à volta de uma centena de milhares de pessoas».

«Vamos ter um ano com uma conflituosidade social muito densa, que vai atravessar todos os sectores de actividade, até porque prevê-se que haja mais deslocalizações de empresas, o agravamento do desemprego. É um movimento que ainda não parou e isso vai causar grande perturbação no tecido social»

(Luís Bento, especialista em Administração Pública e consultor do Banco Mundial)

2 thoughts on “27 de Janeiro de 2010 – Apertar (ainda mais) o cinto

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  2. A opinião pode ser credivel, e é, mas o que a mim me faz ficar fulo, é o sistemático aglomerar de coisas que são distintas. Eu concretizo:
    Falam sempre em funcionário da administração pública, mas esquecem-se que os funcionários da administração local ( Câmara e Juntas de Freguesia) de facto trabalham e muito, e estes Serviços vêm tendo cada vez mais competências, e o pessoal é pouco e ganha mal.
    Os da administração publica central ( principalmente os de Lisboa), são muitos, não têm que fazer, ganham bem.
    Não misturem.
    PS: Desculpem lá os erros de sintaxe, mas escrevi à pressa, pois tenho muito que fazer…

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