Tim Burton tem a capacidade, aparentemente infindável, de, recorrendo à fantasia, nos deixar a pensar seriamente na realidade. Somos o que somos, mas também as histórias que vivemos, que contamos, que fantasiamos, somos também o que queremos e sonhamos. E, no fim, somos tudo isso, e fica de nós tudo isso. É assim, em termos talvez demasiado filosóficos, que Tim Burton conta a história de «Big Fish». Uma história de histórias, resumida num final em que tudo acontece e se desvenda, em que a fantasia é, afinal, a realidade. É bom pensarmos assim, que é possível realizar a fantasia, que ela não é tão fantástica assim, mas que, no fundo no fundo, é bem real. Está, apenas, à distância do nosso olhar.
Grande grande filme!
Comprei e revi esse filme recentemente que já não via desde a estreia no cinema. Como qualquer filme que se gosta há sempre o medo de rever… mais uma fez fiquei rendido à intemporalidade da história. A nossa vida vale tanto como os nossos sonhos. Se perdermos a capacidade de sonhar perdemos a oportunidade de viver.