Nunca estive em Moçambique, e, no entanto, é como se sentisse uma afinidade forte, que nenhum outro país me desperta. Com o passar do tempo, vamos construindo, no nosso imaginário, uma espécie de realidade, com os fragmentos que nos vão dando. Uma peça aqui, outra ali, como num «puzzle», as imagens vão surgindo, e as fotografias, os textos, as viagens de outros vão compondo o resto.
Hoje, Moçambique elege o Parlamento, as Assembleias de Província e o novo Presidente de República. O tempo eleitoral é uma espécie de Natal da vida política e pública. É o tempo do balanço e da projecção dos desejos, em que todos parecem estar empenhados em dar o melhor de si para se atingir o melhor dos futuros.
Tal como no meu imaginário, espero, esperamos todos, que Moçambique continue a construir, a construir-se, a reconstruir-se, feito desse apego àquela terra, àquela gente, feito dos sonhos, de paz e prosperidade, de combate à pobreza e à corrupção, porque, sabemo-lo, ali o futuro é imenso.