Em entrevista a uma publicação brasileira sobre «Marketing», o CEO da «Google» lançou um olhar geral sobre o futuro, pensando em algumas mudanças a que vamos estar sujeitos, «pelo andar da carruagem». Para além de prever a diminuição do tamanh0 dos «gadgets» de comunicação, proporcional ao aumento das potencialidades e funcionalidades dos mesmos, colocou o «dedo na ferida» ao falar da questão do tempo. «Time is what you do with it», era a frase de um anúncio publicitário de qualquer coisa, há tempos atrás. E é verdade. Só que, cada vez mais, o tempo é mais e mais curto. Não temos tempo para esperar. Não temos tempo para participar em tudo o que queremos. Não temos tempo para fazermos o que gostamos. Não temos tempo para ir onde sonhamos. Não temos tempo para descansar. Não temos tempo para estar com a família como deve ser. Não temos tempo para pensar. E, diz Eric Schmidt, a interligação crescente entre nós, o ritmo das mudanças, o «stress» vão aumentar. E isto é tão assustador quanto pensarmos que está uma nova geração a crescer a este ritmo. Sem tempo para escutar o silêncio e respirar o ar puro das montanhas, apreciar o pasto das cabras, olhar o correr dos rios, abraçar o tronco das árvores…
«A parte difícil da mensagem é que tudo acontecerá mais rapidamente – cada ciclo de produto, cada ciclo de informação, cada bolha –, devido aos efeitos de rede, uma vez que todos estarão ligados e a conversar entre si. Os que já estão cansados do ritmo das mudanças ficarão ainda mais ‘stressados’, mas uma nova geração está a crescer tendo isso como a cadência normal de sua vida».
(Eric Schmidt, CEO da «Google»)