Como sabemos, nas ressacas das noites eleitorais nunca há derrotados. Há sempre formas de comparar situações, números que se utilizam, estrategemas mentais e artifícios comunicacionais para se dar a entender ao «povo» que o partido não perdeu, apesar de ter perdido. No caso concreto do PSD, depois de ver repetidamente as imagens de Marques Guedes e outros que tais a «segurarem a mão» e a conduzirem Manuela Ferreira Leite durante a campanha, fica a sensação de que esta «vitória» (ou esta «derrota») se deve, antes de mais, à «estratégia» que estes «acólitos» diziam ter para fazer nascer uma política de verdade.
Esta foi a vitória (ou a derrota) de um PSD que não respeitou as opções das distritais, e fez impor a sua vontade contra as bases do partido. É a vitória (ou a derrota) de um PSD que não ouviu, ao contrário do que disse, o que os portugueses pensavam ou queriam para o seu país e para o seu governo. É a vitória (ou a derrota) de um PSD «feudal», de um certo pedantismo, de poucos, uma espécie de «pequena oligarquia», nada agradável. É a vitória (ou a derrota) de uma certa arrogância «novo-riquista» ou «pseudo-nobre», desligada do dito «Portugal profundo», que mais não é que o Portugal real. É a vitória (ou a derrota) de um PSD que não está a obedecer à sua genética, que se entretém com «danças de cadeiras» e em «guerrinhas internas», em vez de se preocupar com as freguesias, os municípios, o país, pelos quais muitos militantes vão lutando, desprotegidos, de peito aberto e sem qualquer reconhecimento, por um partido que não os representa.
Esta foi a vitória (ou a derrota) do PSD nestas eleições. Um PSD que agora se apresenta «ferido» a umas eleições autárquicas que prometem combate. Foi a vitória (ou a derrota) que a actual liderança procurou. É à lider do partido, e, sobretudo, aos seus «acólitos», que tão bem a conduzem, que se deve este resultado. Qualquer que ele seja.
De certeza que quando um líder falha a culpa não será só dele, já os êxitos ou vitórias…
Agora convenhamos que a dra MFLIGHT(estes produtos não precisam de frigorífico?) não tem o élan de uma Ségolene Royal nem o carisma da trisavó dama de ferro Margaret Tatcher.
Quanto à entourage da dama:
“parecem bandos de pardais à solta, os putos, os putos
são como índios… da malta, os putos…..”
Meu caro :RETRATAMENTO é o que faz falta!!!
(que quê …eu nem sei quem são os Da Weasel, só conheço música celestial… fui ao jardim da celeste giroflé, giroflá…)
hoje tou cum neurónio avariado, fui
As campanhas eleitorais são como fogo de palha. Os entusiasmos gerados pelas campanhas vão-se tão depressa como vieram. Todos conhecemos o fenómeno dos entusiasmos que despertam nessas alturas, e que passadas estas logo desfalecem como balões furados.
Diga-se aliás que em geral os resultados das campanhas dependem pouco das campanhas (por exemplo, os nacionalistas costumam ser nos períodos das campanhas muito melhores do que no resto do tempo).
Porém, normalmente não é nas campanhas eleitorais, nos curtos períodos das campanhas eleitorais, que se decidem as votações. Geralmente foram decididas já antes, ao longo do tempo. Os votos dependem de muitos factores e circunstâncias, e o que conta em política não são as campanhas, é o que está entre as campanhas. O que é difícil é existir todos os dias, e não fazer dez dias de epopeia.
O que mais importa a quem queira fazer política é pensar o trabalho político em profundidade, estar presente no dia a dia das pessoas, entrar com naturalidade e familiaridade no círculo de referências habitual de cada um, de modo que na altura da campanha esta seja apenas um aceno cordial a amigos e conhecidos – e não o surgir repentino de uns desconhecidos que aparecem só nessas ocasiões a pedir o voto.
As campanhas eleitorais decidem-se a todo o tempo depois de findar a última e antes de começar a próxima. Só não se decidem no tempo oficial de campanha – aí as pessoas, justamente, têm muito mais dificuldade em acreditar, sobretudo nos intermitentes da política, aqueles que lhes aparecem só nessas ocasiões e nunca ninguém viu antes a propósito de nada.