Confesso que comecei e recomecei este texto várias vezes, à procura da «fórmula ideal», mas não consegui. É difícil, é, por vezes, desconcertante, falar-se de uma personalidade como o Professor Artur Sá. Homem de uma simplicidade atroz, observador nato, «feroz cobrador de promessas», como ele próprio se definiu, comunicador nato, consegue, com palavras simples, com acutilância, por vezes, expressar-se de uma forma fantástica. Era, hoje, um homem emocionado, depois de lhe ser colocada, pelo presidente da Câmara de Arouca, a Medalha de Honra do Município, que faz dele, a partir de agora, «cidadão de Arouca, de pleno direito». Desprendendo-se da sua vida pessoal e profissional, investiu em Arouca muito do seu tempo e do seu conhecimento, em prol do «Arouca Geopark», que lhe vai ficar, para sempre, associado. À sua enorme capacidade de trabalho, à sua brilhante e radiante acção envolvente, ao seu sonhar desmedido, à sua pessoa, no mais genuíno que a palavra tem. Ficam-me na memória vários momentos passados em conjunto, em pontos importantes do processo de candidatura, ou no concerto inaugural do órgão do Mosteiro. São estes momentos, é esta pessoa no seu todo, que merece, neste dia em especial, toda a amizade que possa haver, para lhe expressar um sincero e alargado obrigado, e dizer-lhe que Arouca também conta consigo. Mas uma vez, e desta vez «de vez», bem-vindo.