Diz quem estudou o assunto que a devoção a Nossa Senhora, expressa na construção de capelas ou ermidas no cimo de montes, terá a ver, entre outras coisas, com o facto de, dessa forma, se ficar com a ideia de estarmos mais perto do «céu», ou do «divino». De facto, o monte da Senhora da Mó, apesar de concordarmos que poderia estar arranjado de outra forma, ou até mais cuidado, nunca deixou de ser acolhedor e de nos prendar, sobretudo em dias límpidos, com uma belíssima paisagem, de Arouca até ao Porto. Por estes dias, o parque de merendas enche-se de gente, e organiza-se, de uma forma mais ou menos popular, a festa em honra de Nossa Senhora da Mó. Muita gente se organiza, para que nada falte na tradicional «bacalhoada» de dia 7 de Setembro à noite (atenção, na Casa da Ceia só os homens podem entrar), e, no dia 8, há sempre banda de música, papagaios de papel e tempo de confraternização. São dias em que muito facilmente encontramos gente que já não vemos há algum tempo, em que se convive sem pressas e num local aprazível. Em que pensamos que seria bom que se continuasse a fazer a festa dentro do espírito habitual. E, se possível, com o espaço o mais aprazível possível.
Devia haver “Senhora da Mó” uma vez por mês!
É um dos locais mais aprazíveis de Arouca.