30 de Julho de 2009 – Músicas improváveis

fimeA vantagem (ou, às vezes, desvantagem) de se viver em Arouca é o facto de estarmos permanentemente «abraçados» pela montanha. Como o abraço materno, de quando em vez sentimos necessidade de nos libertarmos e de vermos e sentirmos um pouco de mundo. O fim do dia de hoje foi assim. Feito de um interessante regresso a Espinho, para uma noite de músicas improváveis. Da viagem, para além do passeio pela rua, da ida fugaz ao Casino  e do jantar entre companheiros de Arouca, fica a recordação de um grande concerto, em que a Orquestra Clássica de Espinho e o seu maestro, Pedro Neves, conseguiram colocar, lado a lado, dois génios bastante diferentes: Beethoven e Joly Braga-Santos. A pianista georgiana Elisso Virsaladze ajudou (e muito) a este brilho, com a sua interpretação do Concerto para Piano e Orquestra de Ludwig Van Beethoven, após uma interpretação intensa da abertura «Egmont», do mesmo compositor. A segunda parte trouxe a Sinfonia n.º 3 de Joly Braga-Santos, com a intensidade sonora e melodias belíssimas que reconhecemos serem características do compositor português que mais se destacou no âmbito da Sinfonia e que tantas vezes é esquecido. Depois de tudo isto, e da breve apresentação (em filme) do que esteve em cartaz, ficou alguma nostalgia pelo facto de não ter podido acompanhar o Festival Internacional de Música de Espinho como este merecia. Ah, e parabéns à «malta» de Arouca, que continua a dignificar a sua terra e a Banda Musical onde vão praticando a sua música, estando, cada vez mais, em alguns palcos importantes, sendo este (de Espinho) um dos mais frequentados.

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