30 de Junho de 2009 – Os marcos do correio

marcoA conversa surgiu devido a uma notícia da «Lusa», que o Expresso publicou no seu «site». Os «CTT» estão, desde Outubro de 2008, a proceder a uma acção de renovação dos marcos e caixas de correio, na tentativa de os tornar mais seguros e de diminuir os crescentes actos de vandalismo que têm sofrido. No total, existem no país 17 449 marcos e 3 226 postos de selos, e o número de queixas apresentadas por actos de vandalismo contra estes equipamentos tem aumentado quase exponencialmente.

Mas, voltando atrás, a conversa surgiu, porque o meu conhecimento acerca da importância destes equipamentos no contexto do espaço urbano actual não é muito profundo. A comparação feita foi curiosa, e não deixa de ser verdadeira. Durante muito tempo, os marcos do correio foram verdadeiros «espaços internet» da época, e são, hoje, fragmentos da nossa história e da nossa identidade, que devem ser preservados, como tudo o que faz parte dessa memória. Até porque, na maioria dos casos, são bastante bonitos e estão colocados em locais mais ou menos nobres.

Por incrível que pareça, não consegui encontrar grande informação sobre isto nos «sites» dos «CTT» e da Fundação Portuguesa das Comunicações. Todavia, o «Royal Mail», através da sua extensão museológica, o «British Postal Museum & Archive», dá-nos informação mais do que suficiente. Segundo este museu, o sistema de correios terá surgido após o declínio do sistema de mensageiros introduzido pelos romanos. A partir daí, um pouco por toda a Europa, estes serviços foram crescendo, maioritariamente a partir do século XVII.

No caso concreto dos marcos do correio, começaram a ser introduzidos no espaço urbano em meados do século XIX, como resposta à dificuldade em aceder às estações de correio (quer porque eram poucas, quer porque não eram acessíveis com facilidade a todos). Hoje, estes «espaços internet» de outros tempos, vão ser objecto de reformulação. Ainda bem.

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