Estava prometido que seria o «ponto alto» da Semana Cultural, e, de facto, foi, apesar da chuva. Seria de estranhar, ver-se um contrabaixo, duas guitarras e uma voz resultarem num concerto ao ar livre em que a animação esteve sempre presente, num Terreiro de Santa Mafalda quase cheio. É, de facto, a banda do momento. Toda a gente sabia cantar o «fon, fon, fon», ou o «Fado Toninho», ou o «Clandestino». Só a chuva, que foi ameaçando o espectáculo, é que não era necessária. Tudo o resto correu muito bem. Está de parabéns esta banda, que não só descobriu a «fórmula», como teve um «timing» de apresentação perfeito.
«O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos da grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com dois gatos, e um peixinho vermelho…»