Aos 84 anos, o cancro «levou-nos» Maurice Jarre, um dos mais proeminentes compositores de bandas sonoras. Levou-nos Maurice Jarre, mas deixou-nos a sua obra e a sua memória. Criador da música de «Lawrence of Arabia», ou de «Dr. Jivago», trabalhou com realizadores como Alfred Hitchcock e Luchino Visconti, entre outros. Compôs, no total, 164 bandas sonoras, tendo vencido vários «Oscars», «Grammys», «Bafta», «Golden Globes» e muitos outros prémios. «Os grandes realizadores com quem trabalhei já desapareceram», terá dito recentemente. O seu filho, Jean Michel Jarre, tem-no como uma referência. Chegou tarde à música. O seu rumo estava traçado em direcção à «Sorbonne», para o curso de engenharia, mas trocou esse rumo pela música, tendo convivido de perto com referências do seu tempo, como, por exemplo, Pierre Boulez. Agora, surgem na tela as palavras «The End», mas com a certeza de que o filme pode sempre ser visto de novo. Ainda bem.