O «Diário de Notícias» de hoje, em boa hora, publica na íntegra o documento redigido por Manuel Maria Carrilho, em que este sustenta que a Cultura deve ser utilizada como «arma» contra a crise, aproveitando para refundar as políticas culturais. Contudo, o texto que se pode ser aqui é enquadrado num contexto quase ilegível, num fundo preto que não ajuda nada à leitura. É uma pena que, num contexto de renovação gráfica, o «DN» peque por este tipo de pormenores. Contudo, fica a indicação de um texto pertinente nos dias que correm, em que todos achamos que percebemos de Cultura, mas acabamos por mentir acerca dos livors que (não) lemos. Talvez se, de facto, fôssemos mais cultos, mais sensíveis às artes, mais «contagiados» pelo cosmopolitismo que advém da Cultura, não continuássemos na cauda da Europa (e de boa parte do mundo) em quase todos os «rankings».
A barra de navegação no topo do site também é algo muito “à frente”. Sub-navegação para cima (Secção Artes) e para baixo (secção cartaz) é algo nunca antes visto.
Se anda tudo atrás de sites como o timesonline.co.uk , o elpais.com , o nytimes.com e o arouca.biz 🙂 não percebo porque não pegam só nas coisas boas.
Somos realmente muito pobres em tudo, até na cultura. Estamos na era do parecer e do não ser. Não sei o que isto pode ter de bom! Penso que nada. Há que abrir a alma a coisas que a preencham e o vazio não é certamente uma delas. Temos que arranjar conteúdo!