A forma como o Benfica venceu a «Taça da Liga» despoletou um (ainda mais) intenso debate existencial sobre o Futebol, mais concretamente sobre o papel dos árbritos. Contrariamente ao que acontece em muitos países da Europa, os árbitros portugueses não são profissionais (nem sequer semi-profissionais). Trabalham, em alguns casos, 12 horas diárias, e treinam outras duas horas no final do dia, e estão, na sua actividade secundária, envolvidos numa estrutura «megalomanamente» profissional. No «P2» do jornal «Público» de hoje há um texto interessante sobre a actividade da arbitragem. A certa altura, Hugo Daniel Sousa escreve: «Amadores num mundo de profissionais, os árbitros são também seres solitários. Correm cerca de dez quilómetros em cada encontro, tomam perto de 200 decisões em cada 90 minutos, têm permanentemente de vigiar uma área de um hectare, onde muitas vezes, como destaca Luís Guilherme, os jogadores “os tentam enganar com simulações”». E termina o texto com uma citação de Eduardo Galeano, escritor uruguaio, que diz: «Bode expiatório de todos os erros, explicação de todas as desgraças, os adeptos teriam de o inventar se ele não existisse. Quanto mais o odeiam, mais dele necessitam».
Pois bem, da minha parte não sugiro a erradicação dos árbitros. Sugiro antes a erradicação do «penalti». O «penalti» é a coisa mais perversa do Futebol. Dá aso a simulações, erros, e, em última análise, a um confronto absolutamente injusto entre marcador e guarda-redes. O «penalti» devia ser como o livre de sete metros do andebol. «Ah e tal, caí na área!»; «Ai sim, então, pumba. Livre fora da área, a ver se consegues ter habilidade suficiente para imitares o Roberto Carlos, o Ronald Koeman, ou outros que tais». Outra coisa que sugiro, para acabar com esta coisada toda, é que o Eng. Sócrates prometa, em campanha eleitoral, que o Benfica vai ser campeão para o ano. Se assim for, em princípio, as coisas deverão acalmar, até o PS voltar a ganhar as eleições e, três dias depois, decretar a extinção do futebol profissional.
olá!
Assino em baixo quando sugeres a erradicação do penalti, mas por outro lado, como é que o meu “portinho” depois ía ganhar os campeonatos. Não pode ser!
E o Benfica? Como fazía para ganhar a “tacita”? Pá… quando o sol nasce é para todos, esperamos que um dia também brilhe para o lado dos menos afortunados. 🙂 Ou não…
Deixa lá os árbitros entretidos a dar umas “apitadelas”, assim aliviam algum do stress acumulado no trabalho diário e rotineiro.
Quanto ao Sócrates esquece, esse gajo não cumpre nada do que promete!
Saúde da boa!