Quando, por vezes, resolvemos ter conversas mais intelectuais, a coisa acaba sempre por resvalar para os livros que lemos, que são obrigatórios, os clássicos, etc., etc. O que, agora, uma sondagem feita pelo «World Book Day» revela é que 2/3 (dois terços) das referências que os inquiridos fazem a livros que leram são, de facto, falsas. Ou seja, simplificando e generalizando (com o respectivo perigo que isso constitui), dois terços dos livros que, em geral, dizemos que lemos, não lemos. O objectivo, confessado pela maioria dos que responderam ao inquérito, terá sido o de impressionar o interlocutor, para além de confessarem ir à última página «cuscar» o final da história, sem ler o meio. A notícia está no jornal «Público» de hoje.
Os títulos mais frequentemente referidos como (não) lidos são «1984», de George Orwell (42%); «Guerra e Paz», de Lev Tolstoi (31%); «Ulisses», de James Joyce (25%); e a Bíblia (24%). O livro «Dreams from my father», a autobiografia de Barak Obama, surge em nono lugar, a par de outros títulos relevantes, como «Em busca do tempo perdido», de Marcel Proust, ou «Madame Bovary», de Gustave Flaubert.
Boa leitura.