14 de Janeiro de 2009 – Pesquisar no Google faz mal ao ambiente

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Pois é. Pare. Escute. E olhe. Estudos credíveis, mesmo que parcialmente desacreditados, provam que pesquisar no «Google» é mau para o ambiente. Há tempos, um «sketch» dos «Gato Fedorento» caracterizava os ambientalistas de uma forma um tanto contundente: «Ah! Não se pode fazer mal às plantas! Ah! Não se pode fazer mal aos animais! Ah! Não se pode fazer mal… aos ciganos! Não se pode fazer nada!»

Bom, mas este estudo é de um físico da Universidade de Harvard, portanto a questão dos ambientalistas não se coloca a este nível. Alex Wissner-Gross fez os seus estudos, as suas contas, as suas comparações, cálculos e demais procedimentos que estas pessoas credíveis fazem, para chegar à conclusão que uma simples pesquisa no «Google» liberta para a atmosfera nada mais nada menos do que 7 gramas de dióxido de carbono. O gigante da internet apressou-se a refazer as contas, para chegar ao resultado de 0,2 gramas. A diferença é grande, mas não desmente que procurar por fotos ousadas das meninas da «Max Men», ou por vídeos dos «Contemporâneos» no «Youtube» ou tão só por um qualquer «site» de resultados desportivos liberta gás de efeito estufa.

Pelo que se pôde perceber, está contabilizada a energia consumida pelo computador do utilizador e pelos servidores gigantes do motor de busca, e, segundo escreveu João Pedro Pereira no jornal «Público» de ontem, uma pesquisa equivale à energia que uma lâmpada fluorescente consome durante uma hora, e duas pesquisas equivalem ao que se gasta de energia para ferver água numa chaleira. Se multiplicarmos isto pelos milhões de pesquisas diárias, ou mesmo horárias, isto dá que pensar. O que foi ainda mais curioso, foi que a «Google» conseguiu encontrar um argumento… astuto, vá. Ao utilizar os motores de busca, os cibernautas não gastam combustíveis fósseis nos transportes para irem a bibliotecas.

Mas há mais «desgraças» a acrescentar. Segundo a «Marktest», durante o ano de 2008 navegaram na internet 2971 mil portugueses, a partir de casa. Isto é qualquer coisa como 98% dos «internautas» do nosso querido Portugal. Foram visitadas, durante o ano, por volta de 37 mil milhões de páginas, o que corresponde a 12548 páginas por cada um dos «navegadores». Estamos a falar de 349,5 milhões de horas dedicadas às «navegações», cerca de 117 horas e 38 minutos por utilizador, o que resulta, em números redondos, em 19 minutos diários de internet. Agora, adivinhem qual foi a página mais visitada. Ora bem. O «Google.pt», com a bela cifra de 2851 mil visitantes.

O que acontece é que eu agora estou num profundo dilema. Se não uso o «Google», corro o risco de me tornar num «info-excluído», mesmo estando incluído. Se uso, prejudico o ambiente, contribuindo para o crescimento da «pegada» da indústria informática. Sempre que surgem estas coisas, eu fico a sentir-me mal.

2 thoughts on “14 de Janeiro de 2009 – Pesquisar no Google faz mal ao ambiente

  1. Não querendo tomar partido por ninguém neste assunto deixo apenas dois links posteriores à noticia referida (textos em inglês).

    A resposta “oficial” do google ao estudo
    O “desmentido” do tal professor de Harvard. 

    Por mim, quer gaste muita energia ou não vou continuar a usar a pesquisa do google até que tenha uma melhor alternativa que de momento não há (tanto em termos ambientais como eficácia de resultados).

    Enquanto deixar estar o Arouca.biz nos 2 primeiros neste resultado não tenho nada a dizer contra “os senhores”. 🙂

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